Dois Garotos Se Beijando
2.4.15
Two Boys Kissing
Escrito pelo estadunidense David Levithan, com 224 páginas e publicado no Brasil em 2015 pela Galera Record.
Baseado em fatos reais e em parte narrado por uma geração que morreu em decorrência da Aids, o livro segue os passos de Harry e Craig, dois jovens de 17 anos que estão prestes a participar de um desafio: trinta e duas horas ininterruptas se beijando para quebrar o recorde mundial do beijo mais longo e figurar no Livro dos Recordes. Enquanto tentam cumprir sua meta — e quebrar alguns tabus —, os dois chamam a atenção de outros jovens que também precisam lidar com questões universais como amor, intolerância, identidade e a sensação de pertencer.
Desde o primeiro momento que eu terminei a leitura de Dois Garotos Se Beijando, soube que resenhá-lo não seria uma tarefa fácil, especialmente considerando que o David Levithan é um dos meus escritores favoritos da atualidade, e eu nunca vou me sentir suficientemente preparada ou boa o bastante para escrever sobre uma obra dele. O que eu posso dizer...? O Levithan fez um trabalho sublime em Todo Dia (Galera Record, 2013) e com Dois Garotos Se Beijando não foi diferente.
Harry Ramirez e Craig Cole já foram namorados, mas agora são amigos e o companheirismo deles os uniu de novo para perseguirem um desafiador objetivo: quebrar o recorde mundial do beijo mais longo; 32 horas, 12 minutos e 10 segundos. Eles são apenas jovens no Ensino Médio; não têm o preparo físico - apesar de terem se preparado por meses - mas não estão ali apenas pela competição.
Harry e Craig querem ir além, por um ideal e um manifesto. E não só por Tariq, o amigo gay deles que foi espancado na saída do cinema por um grupo de bêbados homofóbicos, mas por toda a comunidade LGBT que ainda sofre com a intolerância ou convive com o medo de ser revelar. Assim, enquanto as horas passam e o beijo se prolonga, o que Harry e Craig criam no pátio da escola vai influenciando a vida de outras pessoas, despertando o melhor ou o pior delas.
Dessa forma, Dois Garotos Se Beijando deixa de ser uma história só sobre os dois meninos que começaram o beijo. Eles têm os seus próprios conflitos internos explorados pelo Levithan, mas não deixam de se transformar no símbolo que irá de alguma forma afetar a vida de outros rapazes, como Avery e Ryan, Peter e Neil, e o solitário Cooper. Todos eles também enfrentam as suas próprias dificuldades, temores e expectativas. Todos eles mostram que o amor não depende de gênero, sexo ou idade para acontecer.
A história de cada um deles é incrível, tecida de maneira fantástica e explorada com muita delicadeza pela voz que narra Dois Garotos Se Beijando. Não é apenas uma voz, mas várias que ao mesmo tempo se tornam uma só: a da geração anterior que foi em grande parte dizimada pela Aids. O livro não é dividido em capítulos, mas em pausas e trocas de "cenário", mas a onipresente voz narradora não faz com que você enxergue essa história por partes, mas, sim, como um todo.
Um todo que representa um desejo de aceitação; no qual vemos as vozes da geração anterior gratas pelos avanços da sociedade atual, e entretanto ainda precisando incentivar a nova geração a não ter medo, a não desistir. Incentivando as demais pessoas a compreender, a espalhar o amor igualmente.
Harry Ramirez e Craig Cole já foram namorados, mas agora são amigos e o companheirismo deles os uniu de novo para perseguirem um desafiador objetivo: quebrar o recorde mundial do beijo mais longo; 32 horas, 12 minutos e 10 segundos. Eles são apenas jovens no Ensino Médio; não têm o preparo físico - apesar de terem se preparado por meses - mas não estão ali apenas pela competição.
Harry e Craig querem ir além, por um ideal e um manifesto. E não só por Tariq, o amigo gay deles que foi espancado na saída do cinema por um grupo de bêbados homofóbicos, mas por toda a comunidade LGBT que ainda sofre com a intolerância ou convive com o medo de ser revelar. Assim, enquanto as horas passam e o beijo se prolonga, o que Harry e Craig criam no pátio da escola vai influenciando a vida de outras pessoas, despertando o melhor ou o pior delas.
Dessa forma, Dois Garotos Se Beijando deixa de ser uma história só sobre os dois meninos que começaram o beijo. Eles têm os seus próprios conflitos internos explorados pelo Levithan, mas não deixam de se transformar no símbolo que irá de alguma forma afetar a vida de outros rapazes, como Avery e Ryan, Peter e Neil, e o solitário Cooper. Todos eles também enfrentam as suas próprias dificuldades, temores e expectativas. Todos eles mostram que o amor não depende de gênero, sexo ou idade para acontecer.
A história de cada um deles é incrível, tecida de maneira fantástica e explorada com muita delicadeza pela voz que narra Dois Garotos Se Beijando. Não é apenas uma voz, mas várias que ao mesmo tempo se tornam uma só: a da geração anterior que foi em grande parte dizimada pela Aids. O livro não é dividido em capítulos, mas em pausas e trocas de "cenário", mas a onipresente voz narradora não faz com que você enxergue essa história por partes, mas, sim, como um todo.
Um todo que representa um desejo de aceitação; no qual vemos as vozes da geração anterior gratas pelos avanços da sociedade atual, e entretanto ainda precisando incentivar a nova geração a não ter medo, a não desistir. Incentivando as demais pessoas a compreender, a espalhar o amor igualmente.
O livro é lindo, delicado e emocionante. Diversas vezes fiquei com vontade de chorar ou de abraçar os personagens; sorri com as cenas românticas que só o Levithan consegue escrever, fiquei apreensiva com os confrontos e torci por cada conquista dos personagens. E sou apenas uma observadora externa, mas sei que representatividade importa, importa muito, e é por isso que todo mundo deveria ler Dois Garotos Se Beijando: deixar a sensibilidade expandir o horizonte e aplaudir o amor, em todas as suas formas.
"O amor é tão doloroso; como podemos desejar para alguém? E o amor é tão essencial; como podemos atrapalhar o progresso dele?" [pág. 15]
"Nós sabemos: uma maneira quase certa de morrer é acreditar que você já está morto." [pág. 145]
"Nós sabemos: uma maneira quase certa de morrer é acreditar que você já está morto." [pág. 145]
"Este é o poder de um beijo: ele não tem o poder de matar você. Mas tem o poder de trazer você à vida." [pág. 73]
17 Bilhetes
Oi Tici!!
ResponderExcluirQue resenha maravilhosa!! AInda não li nada no David embora já tenha Todo Dia há um tempo na estante. Até então não tinha me interessado por essa narrativa talvez por não saber ao certo sobre o que se tratava. Achei interessante a opção do autor de trazer uma narração que remetesse a geração anterior e por apresentar alguns alertas a homofobia ainda presente na nossa geração.
Beijos
Espero sua visita =)
http://numrelicario.blogspot.com.br/
Oii, Érika! Dá uma chance para Todo Dia, é bem incrível e não aborda tanto a temática gay quanto em Dois Garotos Se Beijando, então eu sempre recomendo começar por Todo Dia! :D Pois é, o Levithan levanta uma bandeira bem interessante e justa! xx
ExcluirOi Querida.
ResponderExcluirBom eu não li esse livro ainda, eu acho a capa bem forte e bem legal, a maneira como o autor colocou os personagens deixam uma Óbvia curiosidade em nos leitores. Esse livro esta nas minha próximas leituras sem dúvidas rsrs.
http://garotinhaadolescentea.blogspot.com.br/
E o tom de azul dela é lindo! *-*
ExcluirObaa, espero que goste! xx
Oi Tici,
ResponderExcluirAdorei a resenha, fiquei com mais vontade de ler esse livro.
Beijo
http://coracao-de-leitora.blogspot.com.br/
Perfeita sua resenha. Eu li a resenha dele primeiramente aqui e gostei muito, agora quero!
ResponderExcluirSó acho que a capa poderia ser mais bonita. Tanto a original quanto a do UK e a BR achei feias, não sei.
Mas o que importa é a história que quero muito ler!!
Parabéns
http://whoosthatgirrl.blogspot.com.br
Acabei de fazer um grupo novo sobre livro e totalmente livre, participem: https://www.facebook.com/groups/1426592947636348
Yay, obrigada! Eu impliquei com a capa brasileira também no começo, mas quando chegou aqui em casa, fiquei viciada no tom de azul dela. A original e a da Inglaterra eu tbm n gosto mtu, não o/ Espero que possa ler em breve! :D xx
ExcluirEstou absurdamente louca para ler esse livro, mas nunca encontro! David também é um dos meus autores favoritos e resenhá-lo é realmente uma tarefa difícil, mas você o fez muito bem hahaha ♥
ResponderExcluirBeijos,
www.destemidagarota.com
Ai, me abraça! (>*-*)> Torcendo para você ler logo pq esse livro é lindo em vários sentidos! xx
ExcluirHey filhote! Eu nunca li nada do David, mas você fala tão bem dele, que eu to aqui morrendo de vontade de ler, no momento. Com certeza é um livro que eu lerei, ainda mais que ele está sendo super comentado! Achei bem interessante isso de o livro não ser dividido em capítulos, e sim em pausas e trocas de cenário.
ResponderExcluirBeijos,
www.girlfromoz.com.br
Olá, Tici.
ResponderExcluirEu li Todo Dia e vi o trabalho sublime que o autor fez, como você mesma comentou. Eu nem cheguei a solicitar esse livro, mas a editora me enviou e eu já estou curiosa pra ler, é uma obra bem peculiar e que despertou minha curiosidade.
Beijos.
Memórias de Leitura - memorias-de-leitura.blogspot.com
O seu blog tem um nome muito difícil e eu levei certo tempo para encontrá-lo haha... Mas a busca valeu muito a pena! Eu nunca li nada do David Levithan, mas você escreveu uma resenha tão bonita e com tanto cuidado que fiquei muito motivada a conhecer as obras do autor. Parabéns, Tici. Dá pra ver que você escreve com muito carinho :-)
ResponderExcluirBeijos,
www.maniadeleitura.com
Oii, Michele! Que feliz ver vc por aqui! Adorei o nosso bate-papo de sábado, já quero muitos outros! Muito obrigada pelos elogios, e dá uma chance pro Levithan, sim! Vai curtir! <3 xx
ExcluirOie,
ResponderExcluirnão conhecia o livro e confesso que não é algo que me chame atenção.
Fiquei curiosa com a sua resenha, vou tentar pegar o livro em uma troca.
bjos
http://blog.vanessasueroz.com.br
Deixa eu ir ali me esconder no cantinho da vergonha porque nunca li nada do David, mas em minha defesa foi porque não tive oportunidade ainda. A maioria das pessoas fala tão bem que imagino que eu vá gostar, além disso com a sua opinião fico mais animada pra ler e com a certeza que vou gostar, afinal somos booksister <3 <3 <3
ResponderExcluirEu já meio que imaginava sobre o que o livro se tratava, mas fiquei bem surpresa quanto ao estilo de narração proposto pelo autor, achei bem diferente e meio que genial. Acho que deve ser uma delicia a leitura, além de uma experiência diferente!
Beijão, sislinda <3
Debora.
http://vanille-vie.blogspot.com.br/
Amando todas as resenhas que tenho lido sobre o livro, já sei que é leitura obrigatória para mim, David vem ganhando minha estante, com um livro melhor que o outro e este com certeza será mais um. Ótima resenha Tici, como sempre ♥ Ahhh e a capa desse livro é divina!
ResponderExcluirBeijos,
Joi Cardoso
Estante Diagonal
Estou louca por esse livro!!!
ResponderExcluirNunca li nada do autor e quero começar por esse.
Parabéns pela resenha Tici e pelas fotos que sempre são maravilhosas...
Abraços ^^
De Leitor para Leitor